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Monday, February 21, 2011

Wanessa deixa o Camargo de lado e troca o romântico pelo pop

Você já deve ter ouvido falar de Wanessa Camargo. Filha do cantor Zezé di Camargo e cantora há uma década, ela é dona de alguns sucessos do pop romântico, como O amor não deixa. Detalhe: a moça, de 28 anos, nunca gravou CD de música sertaneja.


Eternamente comparada a Sandy, filha de Xororó, a Wanessa nunca foi dada a obrigação de ser boa moça. Sempre teve mais liberdade para cantar, dançar, agir e se vestir como quiser.

Agora, ficaram para trás as comparações, o sobrenome e toda essa conversa clichê. Ela deixou de lado o Camargo, virou apenas Wanessa e recebeu um título que não faz questão de negar: diva LGBT. Seu público fiel reúne lébiscas, gays, bissexuais e transgêneros – além dos simpatizantes, é claro.

“Não sou a única. Às vezes, o brasileiro toca em balada da Europa e está na parada pop, mas não é conhecido popularmente. A diferença é que tenho feito trabalho mais dançante. Como comecei no mercado popular e tive visibilidade nacional, acabo tendo mais visibilidade e as pessoas ligam mais o novo formato à minha pessoa”, afirma a cantora.

Wanessa mantém postura humilde frente ao título de diva, mas não há como negar: no começo do mês, em São Paulo, ela lotou a The Week, boate exclusivamente LGBT, com capacidade para 2,6 mil pessoas. Ensandecido, o público gritava e pulava durante o show. Sabia de cor a letra do primeiro grande hit gay da cantora Wanessa, Falling for you.

O babado não é exclusividade paulista. Em BH, no último sábado, cerca de 1 mil pessoas formaram fila na porta da boate gay Josefine, na Savassi, para ver Wanessa. Pertinho do palco, fãs histéricos diante da diva, que usava short bem curto, blusa rosa e cabelos encaracolados. “Faço o meu cabelo, mas hoje não sei se ele está bom”, confessava ela, no hotel, antes da performance.

Falling for you toca nas rádios do país inteiro, frequentadores mais assíduos de baladas já a conhecem. A outra música dessa nova fase, Worth it, tem até clipe – assim como fazem as divas ao redor do mundo. Aliás, a produção nacional é praticamente um clipe de Beyoncè.

COREOGRAFIA

Façam suas apostas: em pouquíssimo tempo, assim como ocorre com as coreografias dos clipes de Lady Gaga, os passos da dancinha de Worth it invadirão as pistas de casas LGBT. “Esse é o público principal, por quem tenho muito carinho. Gosto de fazer um trabalho específico para eles. Não penso em algo segmentado, tenho o público LGBT e o público muito feminino também. Como hoje, no Brasil, há um mercado cada vez mais crescente de casas LGBT, acabei me inserindo nisso”, explica Wanessa. “Essa plateia foi a que melhor entendeu meu novo trabalho, identificou-se com ele. É uma coisa de emoção”, define.

Há algum tempo, a brasileira dava indícios de que, eventualmente, poderia seguir o mercado dos astros da parada pop norte-americana. Em 2008, ela fazia covers de Shakira e Rihanna. Em 2009, gravou uma faixa com o rapper Ja Rule. Ano passado, Wanessa foi convidada pelo pai de Beyoncè para abrir dois shows dela no país.



EM TRANSIÇÃO

Wanessa considera natural experimentar tantos estilos. Ela começou apostando no repertório romântico, foi para o pop, passou pelo R&B e agora se dedica ao pop LGBT. “Vivo o que tenho vontade. Fui experimentando as coisas, prestando atenção no que queria passar para as pessoas. Passei por transições internas e de vida, como todo mundo, e isso inclui gostos e vontades”, explica. “Sempre busco algo que me estimule. Coisas diferentes, novas, procuro informação, aprendizado e gente nova produzindo. Vou mudando sempre. Isso acaba trazendo amadurecimento”.

O novo disco, com canções inéditas em inglês e repertório exclusivamente escolhido por ela, sai no primeiro semestre. As gravações vão começar no dia 12. A opção por outra língua, afirma ela, não se deve ao mercado internacional. Aliás, Wanessa não aponta os gringos como um de seus principais objetivos. Mas se isso rolar, ótimo.

“O tipo de música que decidi fazer tem a ver com o inglês. Tentei achar uma forma de cantá-las em português, mas não funcionou. Não cola, ficou estranho. Não quer dizer que vou cantar para sempre em inglês. Nada está decidido para sempre”. Tá dado o recado da nova diva.


Aos poucos, Wanessa notou que algo mudara. “Fui me identificando com esse palco diferente e intimista. As pessoas não estão a um metro de você, com grade e arquibancada. É outra coisa, muito mais teatral e performática. Não tem banda. Tudo ao vivo, com DJ e bases gravadas”. Ela faz questão de frisar: valoriza a eletrônica, mas canta ao vivo. “Alguns shows, a gente faz com o nosso DJ; em outros, há o CD com coros e canto em cima”, explica. Ela adora o formato com banda, para boates. “É muito legal e funciona bem. Levo vocalistas, tecladista, guitarrista e a gente faz ao vivo com o DJ. Mas depende do investimento, pois custa mais caro, exige casa maior, em que caibam 2 mil pessoas para a renda compensar.


1 comment:

  1. sinceramente, eu poderia deixar um comentari falando q eh legal este post e etc... eu até li, mas não tenho o q dizer sobre Wanessa, não é nem questão de preconceito...

    http://www.pequenosdeleites.blogspot.com

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